Você largaria seu emprego em uma multinacional para estudar em uma universidade que ainda nem existia? E se esta universidade fosse na Arábia Saudita? Pois é... Rafael Coelho largou tudo, se mudou para o Oriente Médio e agora descreve, sob a perspectiva de um jovem de vinte e poucos anos, este curioso relato de forma divertida e minuciosa. Na Arábia Saudita há muito mais do que petróleo e sheiks. Trata-se do berço do Islamismo e um dos países mais conservadores e fechados do mundo, onde mulheres não podem dirigir, bebidas alcoólicas são proibidas e a pena de morte é sentenciada por decapitação em praça pública. ARÁBIA: A Incrível História de Um Brasileiro no Oriente Médio é uma aula de diversidade cultural e respeito às diferenças, usando de histórias reais nas terras sauditas e, também, em países vizinhos, incluindo a Síria, um pouco antes da ascensão do Estado Islâmico. ARÁBIA é muito mais do que um livro de viagens. É uma leitura inspiradora que mostra como decisões fora da caixa podem ser acertadas e proveitosas. Depois de conhecer essa história, será impossível você olhar para "oportunidades bizarras” com os mesmos olhos de sempre.
Vocês que leem o blog já deve saber que meu tipo de livro favorito são os young adult e histórias com adolescentes problemáticos que encontram um amorzinho no meio da história. Dessa vez eu resolvi arriscar e ler um livro totalmente diferente do que eu estou acostumada o resultado foi melhor que eu esperava.
Recebi um email do Rafael contando sobre o livro e perguntando se eu tinha interesse em lê-lo. Respondi que sim e depois de uns dias comecei a leitura.
O livro vai falar sobre a experiência do Rafael em fazer um mestrado na Arábia, na KAUST, King Abdullah University Of Sience, uma universidade que ainda nem existia mas que no fim das contas foi a decisão mais acertada de todas. Ele largou família, emprego e embarcou nessa aventura. Durante a história podemos ver que ele nem estava tão a fim assim do mestrado mas durante os anos em que ele ficou lá ele foi amadurecendo e até cogitando a hipótese de permanecer no país.
Acho que o mais legal desse livro é ver os erros e acertos do Rafael e o mais importante: mudar a imagem que a gente tem sobre o Oriente Médio. Ele mesmo quando chegou pensou que tivesse homens bomba e terrorismo por todo lado mas é bem diferente. É claro que o país é super fechado e tem mil regras como: mulheres não podem dirigir, álcool é proibido, alguns crimes dão pena de morte em praça pública e muitas outras coisas que pra gente é um absurda lá é super normal.
Tem uma parte do livro em que ele relata alguns casos de pena de morte e decapitação em praça pública e eu fiquei apenas chocada. É um evento super natural, as pessoas assistem e aplaudem como se fosse um espetáculo e quando tudo acaba o pessoal limpa e volta ao normal passando pelo mesmo local onde uma cabeça tinha caído a poucos minutos.
Mas o livro também mostra a parte em que os árabes são super gente boa e vão te ajudar caso precise de algo.
Todo o livro é narrado de uma forma super informal com uma linguagem super fácil e isso faz a gente ler o livro numa sentada só. As aventuras que o Rafael passa com os amigos são super empolgantes e você fica ali querendo colocar uma mochila nas costas para desbravar todo o mundo lá fora.
Eu achei super legal ler esse livro e eu li enquanto voltava de uma viagem então ele me inspirou muito a continuar fazendo isso mesmo que de vez em quando. Sem medo de se arrepender ou não ser tão bom assim. O importante é a gente fazer dar certo e lugar pelos nosso sonhos apesar toda dificuldade que possa existir no meio do caminho.